Plantão Coronavírus

INFECTOLOGISTA ORIENTA BARES E RESTAURANTES

Pensando na importância de prover informações de fontes seguras, o SindRio convidou a infectologista Bianca Moreira para orientar bares e restaurantes para a redução de riscos de contaminação do coronavírus.

A a Subsecretaria de Vigilância, Fiscalização Sanitária e Controle de Zoonoses, órgão vinculado à Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, também criou um documento onde destaca as principais medidas que precisam ser seguidas.

Clique aqui para fazer download:  CORONAVIRUS_Informe_SERVICOS_E_INDUSTRIAS_ALIMENTACAO (1)

Confira a seguir as principais dúvidas e o que mudar na operação do seu estabelecimento durante este período.

O Vírus

Os Coronavírus são uma família de vírus causadores de sintomas gripais comuns, como febre e tosse. Assim como todo o tipo de doença, pode evoluir com gravidade dependendo do estado de saúde prévio da pessoa. Geralmente, infecções por coronavírus causam doenças respiratórias leves a moderadas. O conhecimento já registrado sobre os coronavírus, indicam que eles apresentam uma transmissão de uma para até três pessoas

O que é o “período de incubação”?

Período de incubação é aquele que ocorre entre a data de contato com o vírus até o início dos sintomas. No caso do COVID-19, já se sabe que o vírus pode ficar incubado por até duas semanas (14 dias), quando os sintomas aparecem desde a infecção.

Quais são os principais sintomas?

– Febre

– Tosse;

– Coriza;

– Dificuldade para respirar.

Como ocorre a transmissão?

A transmissão costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como: espirro, tosse, ao tossir ou espirrar, pessoas infectadas expelem gotículas que contém o vírus. Essas gotículas podem contaminar superfícies e objetos. Outras pessoas podem se infectar ao tocar nesses locais contaminados, levando suas mãos contaminadas aos olhos, nariz ou boca.

Copos, pratos e talheres transmitem doença?

Objetos de uso comum não devem ser compartilhados.Talheres, copos e louças devem ser lavados (água e sabão) após o uso individual.

É possível transmissão por ingestão de alimentos?

Não há comprovação até o momento, mas é necessário a manutenção da correta higienização. Visto que as doenças de origem alimentar podem ser provocadas por diversos grupos de microrganismos, incluindo bactérias, protozoários e outros tipos de vírus. As bactérias, pela sua diversidade e patogenia, constituem, de longe, o grupo microbiano mais importante e mais vulgarmente associado às doenças transmitidas pelos alimentos.

Algum cuidado especial com esponjas e perfex?

O uso se mantém conforme as orientações dos fabricantes. Em geral, quando saturados ou com a impregnação de resíduos a troca se faz necessária.

Posso ficar em ambiente fechado e com ar-condicionado?

Não é aconselhado. Já que garantir que os ambientes estejam arejados, com janelas e portas abertas, dificulta a transmissão do vírus. Também é importante salientar que para quem continua a trabalhar em ambientes de uso coletivo, o conselho é manter uma “distância social” de dois metros entre as pessoas. E sempre lembrar de higienizar as mãos com maior frequência do que de costume.

Como lavar as mãos?

A eficácia da higienização das mãos depende da duração e da técnica empregada. Só passar o sabonete ou espalhar o álcool em gel rapidamente pelas mãos não é eficiente. Antes de iniciar a limpeza das mãos, retire anéis, pois esses objetos acumulam microrganismos.

Também é importante que o produto utilizado, tanto o sabonete líquido ou álcool em gel, esteja em uma quantidade suficiente. Em geral, 2 ml de álcool em gel ou sabão liquido são suficientes. Segundo a Organização Mundial da Saúde, em média, as pessoas lavam suas mãos por apenas 6 segundos, quando o tempo necessário para eliminar os microrganismos é de 40 a 60 segundos, com água e sabão, e de 20 a 30 segundos com preparações alcoólicas, como o álcool gel.

Use o álcool em gel sempre que possível com concentração média de 70% de álcool, para que tenha ação bactericida. Contudo quando as mãos estão visivelmente sujas ou contaminadas com matéria orgânica, precisam ser lavadas com água e sabão.

Funcionários devem usar máscara para trabalhar?

No momento não há recomendação para uso de máscaras para a população em geral. As máscaras são eficazes em situações específicas, quando a pessoa apresenta sintomas respiratórios, pois ela diminui a chance disseminação de partículas de saliva contaminada no ambiente. Mas todos devem, sempre, fazer a higienização das mãos com água e sabão ou álcool gel e evitar contato com mucosas de nariz, boca e olhos. São cuidados simples, mas importantes e que devem ser diários para prevenir qualquer tipo de doença.

Quais os cuidados com limpeza de mesas, cadeiras, banheiros e demais áreas comuns?

O ambiente é muito importante para a manutenção do vírus. Logo uma rigorosa rotina de limpeza dificulta a transmissão da COVID-19. É recomendável fazer a higienização de pisos e banheiros duas vezes ao dia. Pode usar desinfetante ou álcool 70%, além de solução com água sanitária diluída em água. A utilização de álcool solução 70% por todas as superfícies também é recomendada. Lembrar que superfícies de maior contato, como corrimões, catracas, balcões, elevadores ou qualquer superfícies compartilhadas devem ser limpos com álcool 70% com maior frequência.

Medir temperatura de funcionários no início do turno?

Não há recomendação até o momento. Em caso de sintomas de doença respiratória, mas bom estado geral, o funcionário deverá ficar em casa por 14 dias para evitar a contaminação de outras pessoas. Manter repouso e seguir as medidas de higiene para reduzir o risco aos seus familiares.

Caso apresente piora do estado geral, cansaço ou dificuldade para respirar, procure uma emergência em uso de máscara cirúrgica. O médico decidirá se você necessita de internação ou exame para o coronavírus.

É importante buscar informações em fontes oficiais. Não dissemine notícias falsas ou de origem duvidosa.  Você pode consultar os canais oficiais:

https://coronavirus.saude.gov.br/

https://www.saude.rj.gov.br/ 

*Bianca Moreira é Infectologista (CRM:52754501), Médica pela Fundação Técnico Edicacional Souza Marques, Infectologista pela Usp-Rp ,Infectologista Hospitalar pela UFRJ, possui especialização em Imunizações e Medicina de viagem pela Fiocruz.

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